AVIÕES DA DITADURA LANÇAM TRÊS BOMBAS EM BRAGANÇA

Correio de São Paulo - 27.09.1932

DUAS PESSOAS GRAVEMENTE FERIDO

Da " Folha da manhã" de hoje:

"Repetem-se todos os dias as façanhas da aviação ditatorial, no bombardeio e metralhamento de cidades abertas. Ainda ontem, consoante foi largamente divulgado, coube a vez á linda cidade de Bragança suportar esse ataque. 

Hoje pudemos colher, em meios os Bragantinos nesta capital, pormenores sobre a ocorrência.

Os três aviões que procuraram os céus de Bragança voaram durante grande parte do dia sobre a cidade, deixando cair ali três bombas, que atingiram os bairros. O centro nada sofreu. Uma dessas bombas caiu arrabalde, ferindo duas pessoas, uma delas gravemente. As duas vitimas foram internadas na Santa Casa local.

No metralhamento do trem ninguém ficou ferido, nem mesmo tendo sido atingido o comboio. Nas imediações da estação ferroviária não caiu bomba alguma, estando todos os trens para Bragança correndo normalmente, dentro dos seus horários"




Pesquisando sobre esse fato encontramos relatos de pessoas entre elas a Senhora Célia Marque que diz:

Minha mãe que morava no bairro Sete Barras tinha 11 anos, dizia que toda a família e parentes se reuniram na casa principal da fazenda de madrugada quando ouviram barulho de tiros ou bombas próximo todos correram para se refugiar em algum local no mato quando amanheceu deram conta que tinham esquecido a Bela ( cachorrinha ) minha mãe e um tio foi até a casa e lá estava a Belinha desesperada. No final deu tudo certo.

Outro relato é o da Patricia Amador que diz:

Meu avô já falecido morava no campo novo dizia que quando ouviam barulho de avião nesse período eles se escondiam no mato tinham muito medo.




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