Em 25 de Novembro de 1909 o presidente e o bibliotecário do "Club Literario e Recreativo" de Bragança Paulista, Alziro Ferreira Carneiro e Estevam Fróes, enviaram ao Congresso Legislativo do Estado de São Paulo - nome então ostentado pelo Legislativo Paulista - um pedido de subvenção de 1:500$000 (um conto e meio de réis) para manutenção da entidade. Em seu pedido, contavam um pouco da história de "Club" e de suas finalidades:
"Fundado a 27 de maio de 1894, começou o Club Literario Recreativo, para a consecução de seus fins, de montar uma biblioteca, para uso de seus associados. [...] Acelerando-se, nestes últimos tempos, o seu desenvolvimento, fundou uma escola noturna primária, ministrando, gratuitamente, o ensino a todos os que a procuraram, obtendo grande aceitação. Funcionou, tendo sido durante seis anos auxiliada pela Câmara Municipal, desde 1900 até 15 de novembro de 1906. A este tempo, já estava a sede social localizada no magnífico palacete situado entre o largo da Matriz e a rua Direita, hoje Dr. Candido Rodrigues, e que é, verdade se diga, o melhor sobrado de Bragança, que o Club, a 5 de março desse ano, adquiriu por compra à firma Prado, Chaves & Cia., pela quantia de 32:000$000. [...] E, nesse tempo, franqueou ao público a sua biblioteca, que [...] é freqüentada, anualmente, por quatro mil pessoas,mais ou menos."
A seguir, os autores assim justificavam a subvenção pedida:
"Mas acontece que, desde 1º de janeiro deste ano [1909], suprimiu a Câmara Municipal o auxílio de 1:200$000, anual, que lhe garantia a subsistência folgada e beneficiadora. É de notar que, para ser a biblioteca franqueada ao público, foi preciso fechar a escola noturna, de modo que só um interesse pouco comum pelo desenvolvimento da cultura entre nós, tem feito que, à custa de sacrifícios inauditos e raros, e sem auxílio oficial, pois que o Club tem a renda mensal oscilante de 300$000 apenas, não se fechem as portas de sua biblioteca, aliás a única desta zona".
"Fundado a 27 de maio de 1894, começou o Club Literario Recreativo, para a consecução de seus fins, de montar uma biblioteca, para uso de seus associados. [...] Acelerando-se, nestes últimos tempos, o seu desenvolvimento, fundou uma escola noturna primária, ministrando, gratuitamente, o ensino a todos os que a procuraram, obtendo grande aceitação. Funcionou, tendo sido durante seis anos auxiliada pela Câmara Municipal, desde 1900 até 15 de novembro de 1906. A este tempo, já estava a sede social localizada no magnífico palacete situado entre o largo da Matriz e a rua Direita, hoje Dr. Candido Rodrigues, e que é, verdade se diga, o melhor sobrado de Bragança, que o Club, a 5 de março desse ano, adquiriu por compra à firma Prado, Chaves & Cia., pela quantia de 32:000$000. [...] E, nesse tempo, franqueou ao público a sua biblioteca, que [...] é freqüentada, anualmente, por quatro mil pessoas,mais ou menos."
A seguir, os autores assim justificavam a subvenção pedida:
"Mas acontece que, desde 1º de janeiro deste ano [1909], suprimiu a Câmara Municipal o auxílio de 1:200$000, anual, que lhe garantia a subsistência folgada e beneficiadora. É de notar que, para ser a biblioteca franqueada ao público, foi preciso fechar a escola noturna, de modo que só um interesse pouco comum pelo desenvolvimento da cultura entre nós, tem feito que, à custa de sacrifícios inauditos e raros, e sem auxílio oficial, pois que o Club tem a renda mensal oscilante de 300$000 apenas, não se fechem as portas de sua biblioteca, aliás a única desta zona".
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